quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Disomers e suas fãs

Gostaria de contar como foi a experiência de 
conhecer as gurias mais importantes da minha vida.

Já na chegada ao aeroporto pude confirmar o quão reais eram as minhas primeiras impressões. Desde que comecei a conversar com a Di e a Vivi, percebi que eram pessoas especiais. Precisei ligar pra Vivi e ela me atendeu com boa vontade, preocupação, carinho e acompanhou-me por telefone até o outro terminal. Assim que encontrei com a Di tentei agir o mais naturalmente possível. E tenho que agradecê-la pela paciência que teve de me esperar no aeroporto, apesar de cansada da viagem a São Paulo. Recebeu-me como se fosse normal uma maluca sair sozinha de Belo Horizonte e desembarcar em Porto Alegre.

Na terça-feira a Di foi me encontrar no hotel para irmos juntas à casa da Vivi. Fomos de ônibus e encontramos com a Vivi no ponto final. Conhecemos as crianças, conversamos, vimos fotos e comemos arroz carreteiro e ambrosia. A Vivi me deixou bastante admirada por, apesar da preocupação com seu filho, fazer questão de nos receber. Lá percebi claramente que todas as conversas que tivemos pela internet ou telefone eram verdadeiras. Isso me tocou bastante! De lá fui conhecer o Barra Shopping Sul com a Di. Tomamos sorvete, conversamos sobre o fandom e vi o lugar onde ela e a Vivi se encontraram pela 1ª vez.

Na quarta-feira tive a certeza de que estava na mesma cidade de onde muitas vezes elas mandavam notícias sobre o clima, quando vi que o dia amanheceu chuvoso e frio. Pra mim, era um dia tipicamente gaúcho. Fiquei no hotel a maior parte do tempo conversando com a Vivi pela internet. Mais tarde a Di me encontrou no Praia de Belas Shopping para assistirmos HP7 – Parte 2. E foi incrível ver que tudo o que eu sabia que a Di tinha gostado no filme, foi comentado comigo. Confesso que prestei mais atenção nas reações dela do que no próprio filme. Imagina assistir ao beijo de Rony e Hermione com a ficwriter mais apaixonada pelo casal ao meu lado? Além disso, pra mim ainda parecia um sonho ter conhecido alguém tão “impressionante” (como a Vivi definiu brilhantemente depois de encontrá-la pela 1ª vez).


Na quinta-feira, em mais uma manhã chuvosa, fomos encontrar a Vivi. Conheci a Santa Casa e o Mercado Público. Almoçamos juntas e, nunca vou me esquecer de tudo o que falamos, rimos e brincamos como se estivéssemos num daqueles janelões do MSN que tantas vezes fizemos. A diferença era que, ali, tudo o que foi dito tinha som, tinha imagem e, mais importante de tudo, me provava que meu sonho tinha se tornado realidade. Saí dali com a certeza de que tudo que eu imaginava era palpável e, para minha surpresa, poderia ser ainda mais forte do que uma simples amizade virtual.


Andamos pelo centro e, aos poucos, entrei num meio que não é muito diferente da que estou acostumada, mas tem um sentimento que nunca vi em nenhuma outra cidade que conheci: o orgulho de representar uma cultura totalmente própria, regional. A comprovação veio à noite quando conheci uma churrascaria. Lá o ar estava carregado de tradição com músicas e danças típicas. Tudo isso abrilhantado pela companhia da Di, de uma maneira que eu nunca imaginei vê-la, sentindo-se em casa e irradiando descontração. Tive sorte em me tornar amiga de alguém especial, não por ser superior, mas sim pela simplicidade. Alguém que consegue reunir várias qualidades, tantas quantas são necessárias para que os defeitos se tornem irrelevantes. Uma pessoa de beleza interior e exterior que são percebidas de cara e só ganham força a cada conversa e a cada olhar.

Quando o Sol nasceu, na sexta-feira, ainda tinha o som da música em meus ouvidos e uma vontade de sorrir que nem uma boba por ter conhecido “minha J.K.”. Eu não li em um livro e não ouvi falar sobre, eu estava lá! À tarde fui com a Vivi e os filhos fazer um lanche no Mercado Público e comer o famoso xis. Foi uma experiência no mínimo interessante poder conhecer um pouco da vida de quem contribui para que o fandom se mantenha vivo, quem me mostrou o caminho para me relacionar com outros fãs e, acima de tudo, alguém que se tornou uma amiga presente e companheira. Graças ao apoio e incentivo dela criei coragem, peguei o avião e fui em busca de um sonho louco e mágico que acabou se mostrando realizável e profundamente inesquecível.

No sábado saímos cedo rumo à Gramado em uma viagem tranquila regada a músicas e com direito a paisagens cinematográficas. Em um café colonial divino me senti em um filme no qual a protagonista não era eu, mas meu papel era importante. Afinal, eu fui levada até ali por ninguém menos que a minha autora favorita, quem escreve as melhores fics R/Her. O passeio foi tão marcante pra mim que, assim que cheguei ao hotel comecei a chorar com o simples pensamento de que o fim da minha viagem estava próximo.



No domingo, depois de arrumar as malas, fui conhecer a casa da Di.
Com o coração acelerado vi fotos e conheci o quarto dela, de onde ela tuita e, melhor ainda, o cantinho onde ela escreve as fics. Na cozinha presenciei o preparo do churrasco e experimentei o chimarrão. Almocei e comi mousse de limão. À tarde fomos à Redenção encontrar a Vivi e tudo o que de mais precioso ela tem: generosidade, alegria e sua linda família. Eu estava tão encantada que mal podia falar e não conseguia fazer outra coisa que não olhar e sorrir, deslumbrada com a viagem que estava chegando ao fim.

Depois disso, Di, Vivi e Pipoca (o “trio de ouro” rs)  entraram na estação, com direito a ficar preso na catraca igual ao Sr.Weasley (Né, Vivi? Hahaha) e pegamos um trem (Expresso de Hogwarts? rs)  um lugar onde, a exemplo de JK, minha ficwriter favorita já teve ideias para suas fics. Descemos na cidade da Di e fomos conduzidas por ela até sua casa (em um carro que, para a Vivi, devia parecer o Ford Anglia com o Rony dirigindo. hahahaha) onde tomamos café falando sobre o assunto mais característico das nossas conversas: fics (como se estivéssemos no Salão Principal de Hogwarts, em um daqueles banquetes). Foi ali que, com a fic que ganhei de presente impressa em mãos, pedi o autógrafo da autora e da beta e tive a oportunidade de entregar a carteirinha do “Fandom Disomers”.



Infelizmente minha viagem chegava ao fim e depois de um passeio divertido até o aeroporto nos despedimos, não definitivamente, mas sim com um até breve. Peguei o avião com o coração apertado de saudade, mas levava na bagagem e na memória as lembranças do que foi a maior aventura da minha vida até hoje. Tenho certeza que alegrias iguais a essa e até maiores virão, mas nenhuma delas deverá ser mais importante para mim.


Agradeço em nome de toda a minha família o carinho que tiveram comigo. Minha mãe não cansa de dizer o quanto merecem ser recompensadas por tudo. Ainda vou retribuir à altura! MUITO OBRIGADA!
Vivi, grata pela ajuda mais uma vez! E Di, desculpa qualquer coisa. Se não concordar com o post, só me falar que eu deleto. Beijos!