quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Especial

Existem pessoas que nasceram para brilhar. Não as que são perfeitas, porque isto nem existe. Nem mesmo as que querem aparecer, porque a sua fama acaba em minutos. Mas sim aquelas que são como estrelas e tem a função de iluminar, mesmo sem saber.

Estas pessoas são raras e, por isso mesmo, especiais. Todas as pessoas com quem elas convivem são abençoadas. Mesmo porque, elas são como anjos que nos acompanham todos os dias. A sua simples presença já traz alegria e sua falta é sentida como um vazio imenso.

Quem tem o prazer de conhecê-las, pode se considerar uma pessoa de sorte. Não é todo dia que encontramos preciosidades como essas em nosso caminho.

Considero que minha vida mudou desde o dia que conheci alguém assim. Uma pessoa que me conquistou por sua humildade e simplicidade.

Por tudo isso, hoje é um dia especial não só pra ela, mas pra mim também. Pois, nesta data, ela nasceu. Nenhuma palavra será o bastante para defini-la e qualquer homenagem será miníma perto da grandiosidade que ela merece.
      
Tomo emprestadas as palavras do poeta, que sei que ela também gosta:



Poesia
Carlos Drummond de Andrade
  
"Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira." 


Dieimi,

      Que seus dias sejam plenos de paz e realizações! Te desejo toda felicidade do mundo!
Beijos,
Pipoca.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Disomers e suas fãs

Gostaria de contar como foi a experiência de 
conhecer as gurias mais importantes da minha vida.

Já na chegada ao aeroporto pude confirmar o quão reais eram as minhas primeiras impressões. Desde que comecei a conversar com a Di e a Vivi, percebi que eram pessoas especiais. Precisei ligar pra Vivi e ela me atendeu com boa vontade, preocupação, carinho e acompanhou-me por telefone até o outro terminal. Assim que encontrei com a Di tentei agir o mais naturalmente possível. E tenho que agradecê-la pela paciência que teve de me esperar no aeroporto, apesar de cansada da viagem a São Paulo. Recebeu-me como se fosse normal uma maluca sair sozinha de Belo Horizonte e desembarcar em Porto Alegre.

Na terça-feira a Di foi me encontrar no hotel para irmos juntas à casa da Vivi. Fomos de ônibus e encontramos com a Vivi no ponto final. Conhecemos as crianças, conversamos, vimos fotos e comemos arroz carreteiro e ambrosia. A Vivi me deixou bastante admirada por, apesar da preocupação com seu filho, fazer questão de nos receber. Lá percebi claramente que todas as conversas que tivemos pela internet ou telefone eram verdadeiras. Isso me tocou bastante! De lá fui conhecer o Barra Shopping Sul com a Di. Tomamos sorvete, conversamos sobre o fandom e vi o lugar onde ela e a Vivi se encontraram pela 1ª vez.

Na quarta-feira tive a certeza de que estava na mesma cidade de onde muitas vezes elas mandavam notícias sobre o clima, quando vi que o dia amanheceu chuvoso e frio. Pra mim, era um dia tipicamente gaúcho. Fiquei no hotel a maior parte do tempo conversando com a Vivi pela internet. Mais tarde a Di me encontrou no Praia de Belas Shopping para assistirmos HP7 – Parte 2. E foi incrível ver que tudo o que eu sabia que a Di tinha gostado no filme, foi comentado comigo. Confesso que prestei mais atenção nas reações dela do que no próprio filme. Imagina assistir ao beijo de Rony e Hermione com a ficwriter mais apaixonada pelo casal ao meu lado? Além disso, pra mim ainda parecia um sonho ter conhecido alguém tão “impressionante” (como a Vivi definiu brilhantemente depois de encontrá-la pela 1ª vez).


Na quinta-feira, em mais uma manhã chuvosa, fomos encontrar a Vivi. Conheci a Santa Casa e o Mercado Público. Almoçamos juntas e, nunca vou me esquecer de tudo o que falamos, rimos e brincamos como se estivéssemos num daqueles janelões do MSN que tantas vezes fizemos. A diferença era que, ali, tudo o que foi dito tinha som, tinha imagem e, mais importante de tudo, me provava que meu sonho tinha se tornado realidade. Saí dali com a certeza de que tudo que eu imaginava era palpável e, para minha surpresa, poderia ser ainda mais forte do que uma simples amizade virtual.


Andamos pelo centro e, aos poucos, entrei num meio que não é muito diferente da que estou acostumada, mas tem um sentimento que nunca vi em nenhuma outra cidade que conheci: o orgulho de representar uma cultura totalmente própria, regional. A comprovação veio à noite quando conheci uma churrascaria. Lá o ar estava carregado de tradição com músicas e danças típicas. Tudo isso abrilhantado pela companhia da Di, de uma maneira que eu nunca imaginei vê-la, sentindo-se em casa e irradiando descontração. Tive sorte em me tornar amiga de alguém especial, não por ser superior, mas sim pela simplicidade. Alguém que consegue reunir várias qualidades, tantas quantas são necessárias para que os defeitos se tornem irrelevantes. Uma pessoa de beleza interior e exterior que são percebidas de cara e só ganham força a cada conversa e a cada olhar.

Quando o Sol nasceu, na sexta-feira, ainda tinha o som da música em meus ouvidos e uma vontade de sorrir que nem uma boba por ter conhecido “minha J.K.”. Eu não li em um livro e não ouvi falar sobre, eu estava lá! À tarde fui com a Vivi e os filhos fazer um lanche no Mercado Público e comer o famoso xis. Foi uma experiência no mínimo interessante poder conhecer um pouco da vida de quem contribui para que o fandom se mantenha vivo, quem me mostrou o caminho para me relacionar com outros fãs e, acima de tudo, alguém que se tornou uma amiga presente e companheira. Graças ao apoio e incentivo dela criei coragem, peguei o avião e fui em busca de um sonho louco e mágico que acabou se mostrando realizável e profundamente inesquecível.

No sábado saímos cedo rumo à Gramado em uma viagem tranquila regada a músicas e com direito a paisagens cinematográficas. Em um café colonial divino me senti em um filme no qual a protagonista não era eu, mas meu papel era importante. Afinal, eu fui levada até ali por ninguém menos que a minha autora favorita, quem escreve as melhores fics R/Her. O passeio foi tão marcante pra mim que, assim que cheguei ao hotel comecei a chorar com o simples pensamento de que o fim da minha viagem estava próximo.



No domingo, depois de arrumar as malas, fui conhecer a casa da Di.
Com o coração acelerado vi fotos e conheci o quarto dela, de onde ela tuita e, melhor ainda, o cantinho onde ela escreve as fics. Na cozinha presenciei o preparo do churrasco e experimentei o chimarrão. Almocei e comi mousse de limão. À tarde fomos à Redenção encontrar a Vivi e tudo o que de mais precioso ela tem: generosidade, alegria e sua linda família. Eu estava tão encantada que mal podia falar e não conseguia fazer outra coisa que não olhar e sorrir, deslumbrada com a viagem que estava chegando ao fim.

Depois disso, Di, Vivi e Pipoca (o “trio de ouro” rs)  entraram na estação, com direito a ficar preso na catraca igual ao Sr.Weasley (Né, Vivi? Hahaha) e pegamos um trem (Expresso de Hogwarts? rs)  um lugar onde, a exemplo de JK, minha ficwriter favorita já teve ideias para suas fics. Descemos na cidade da Di e fomos conduzidas por ela até sua casa (em um carro que, para a Vivi, devia parecer o Ford Anglia com o Rony dirigindo. hahahaha) onde tomamos café falando sobre o assunto mais característico das nossas conversas: fics (como se estivéssemos no Salão Principal de Hogwarts, em um daqueles banquetes). Foi ali que, com a fic que ganhei de presente impressa em mãos, pedi o autógrafo da autora e da beta e tive a oportunidade de entregar a carteirinha do “Fandom Disomers”.



Infelizmente minha viagem chegava ao fim e depois de um passeio divertido até o aeroporto nos despedimos, não definitivamente, mas sim com um até breve. Peguei o avião com o coração apertado de saudade, mas levava na bagagem e na memória as lembranças do que foi a maior aventura da minha vida até hoje. Tenho certeza que alegrias iguais a essa e até maiores virão, mas nenhuma delas deverá ser mais importante para mim.


Agradeço em nome de toda a minha família o carinho que tiveram comigo. Minha mãe não cansa de dizer o quanto merecem ser recompensadas por tudo. Ainda vou retribuir à altura! MUITO OBRIGADA!
Vivi, grata pela ajuda mais uma vez! E Di, desculpa qualquer coisa. Se não concordar com o post, só me falar que eu deleto. Beijos!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O começo e o fim, o fim e o começo



Há 13 anos acontecia a Batalha Final de Hogwarts e vários personagens queridos perdiam suas vidas pelo bem maior. No entanto, este dia é de comemoração. Não só pelo fim da guerra, mas também pelo acontecimento que iria marcar para sempre a vida dos fãs do melhor casal do fandom Harry Potter:

O dia em que aconteceu o tão esperado 1º beijo de Rony e Hermione.

Segundo J.K. Rowling uma das cenas que ela mais batalhou para que fosse mantida no livro Pedra Filosofal, foi a do trasgo no banheiro:

"- É possível que um garoto como Rony descubra assim, sem mais nem menos, as qualidades dela? E a menos que ela  seja uma extremista, também não vai revelar as boas qualidades, veja bem, ambos tem apenas 11 anos. E você precisa de uma coisa especial quando tem 11 anos. Então, eu realmente bati o pé para que fosse mantido."

O que é comprovado pela seguinte frase do livro:

Existem coisas que não se pode fazer junto sem depois acabar por gostar um do outro, e derrotar um trasgo de três metros e meio é uma delas.

Ou seja, se o relacionamento deles começou assim, e levando-se consideração a convivência tempestuosa entre eles, nada mais natural que o coroamento fosse em meio à guerra.

Este post tem por objetivo marcar essa data no calendário dos fãs de Rony e Hermione. No entanto, falar neles, sem lembrar de como conheci o fandom é impossível.

Por isso, gostaria de homenagear o primeiro blog Ron e Hermione que segui: Fanfic Ron e Hermione, o qual completou 1 ano dia 30/04/11. Parabéns a Disomers pela brilhante ideia do blog! Acessem e confiram!

Aproveito para convidar a todos a se inscreverem e participarem do Fórum Ron e Hermione In Aeternum que está promovendo o II Challenge Fórum Ron e Hermione In Aeternum com o tema Dia dos Namorados.

P.S: Frase de J.K. retirada do livro Harry e Seus Fãs, de Melissa Anelli.

Pipoca_RonMione  

sexta-feira, 18 de março de 2011

Fandom Disomers

A ideia deste post surgiu faz algum tempo, mas ainda não tinha conseguido inspiração. Depois de ler estes trechos do comentário da Diemi no meu blog, decidi escrevê-lo:

“Acredito que, para aqueles que têm naturalmente esse dom, escrever pode ser realmente fácil, no entanto, para simples mortais, como eu, escrever é quase doloroso. O prazer que sinto ao retratar meus personagens preferidos – Ron e Hermione – é inenarrável, mas essa tarefa está longe de ser fácil! Dizem que aquilo que é mais árduo, mas difícil tem mais valor, e concordo plenamente!
Quando comecei a escrever foi um desafio, visto que nunca fui uma aluna exemplar em português! Talvez isso prove que para escrever não basta apenas saber empregar corretamente as regras do “bom português”, é preciso, fundamentalmente, amar e conhecer o que escrevamos!
Descobri um mundo de coisas inestimáveis por ter sido pretensiosa (traduza-se aqui pretensão por “sem noção”...rs...) e postado na Floreios e Borrões minhas maus traçadas linhas...rs... Diferentemente da Vivi, não tenho um dom natural para dissertar, mas graças a gentileza sem igual dela, continuei escrevendo.” Dieimi Somers

 Criar, segundo o dicionário Aurélio, é: dar existência a; tirar do nada. Dar origem a, formar. Dar princípio a, produzir, inventar, imaginar, suscitar. Tudo isto está incluído no trabalho dos escritores. Eles fazem aparecer em uma folha de papel em branco, palavras e frases que, juntas, formam o texto. As palavras não têm nenhum significado até o momento que alguém as interliga e lhes dá um sentido. Este é o papel dos escritores, ou nesse caso, das Ficwriters. E não é simplesmente jogando as palavras a esmo que elas terão um fim satisfatório. É preciso, antes de tudo, que o criador tenha conhecimento e discernimento para uni-las em frases coesas. Produzindo qualquer texto, seja ele brilhante ou não, você já está criando. Sendo assim, acredito que inventar não é fazer tudo novo e diferente do que já foi feito, é imaginar outra maneira de escrever, que dê outro sentido ou que justifique o que já está pronto.

 A grande diferença entre alguém que tem por hábito escrever é que ela pode se experimentar mais. Raríssimas pessoas vão dizer que criar um texto é fácil. Justamente, porque não é. E, no mundo da literatura, sabemos que para quem escreve uma série de livros, é difícil conseguir manter a mesma qualidade em todos. O exercício da escrita é algo extremamente dependente da imaginação, da inspiração e do meio em que a pessoa está inserida. Sendo assim, a qualidade do que a pessoa escreve é diretamente proporcional a isso. Se alguém está mal, vai ser praticamente impossível fazer um texto alegre; se está bem, pode até ficar triste ao escrever um drama. Isso acontece quando a pessoa se entrega e tudo acaba interferindo diretamente na escrita e vice-versa.

 Talvez seja por isso que a maioria dos livros é de ficção, isso permite uma fuga para o escritor. Ali ele se permite extravasar, deixar de lado os problemas e experimentar outros mundos, outras opções de vida, outro universo. E o leitor, querendo fugir da realidade, também opta por estórias que o faz sentir livre. As pessoas acabam encontrando uma personagem com que se identificam e se transportam para o imaginário daquele livro, perdendo-se nas páginas. Creio que para o escritor acontece a mesma coisa, elaborando um personagem com alguma característica em comum com ele, tem a chance de vivenciar outras situações que só estão presentes nos seus sonhos.

 Voltando às fanfics, não existe universo mais interessante e perfeito para que uma pessoa possa se entregar ao prazer de escrever sem se preocupar com estilo, público, aceitação. Há tanta variedade de ficwriters, shippers e enredos que sobra lugar pra todo mundo e tudo é válido. Se o leitor não se identifica com uma fic, tem uma infinidade de outras pra escolher.

 Ficwriters não tem obrigação de escrever, elas o fazem por amor à escrita, à série, ao shipper. Por isso, acho que as ficwriters devem ser apoiadas e valorizadas. 

Há uns 8 meses atrás, li uma fic que mudou a minha visão deste universo de fanfics para sempre. O título da fic é "Dois dias depois" e a autora é a minha ficwriter preferida desde então: Disomers. Não descansei até terminar a leitura de todas as fics do perfil dela na FeB. E hoje tenho certeza que foi a melhor escolha que fiz.

 A primeira coisa que me chamou a atenção enquanto lia as fics foram as respostas aos leitores, individualmente e como um comentário na fic. Achei de uma educação sem igual. A medida que fui a conhecendo mais, outras qualidades foram se revelando e a melhor delas, sem dúvida nenhuma, é a humildade. Esta citação já diz tudo:

 "Sucede com frequência que os espíritos mais mesquinhos são os mais arrogantes e soberbos, assim como os espíritos mais generosos são os mais modestos e humildes." (René Descartes)

Existem poucas ficwriters que tem paixão pelo que fazem, são inteligentes, talentosas e capazes de nos emocionar com seu texto. A Disomers me fez enxergar isso e me mostrou que uma fic é muito mais do que uma simples extensão do que está nos livros. Não vejo outro caminho a não ser admirar o seu trabalho. Sou fã e admito isso abertamente. No entanto, ela sempre acha que não é boa o bastante, e acho que aí está a sua melhor qualidade. É impressionante como as melhores pessoas do mundo são aquelas que dispensam os elogios e se atém as críticas.

Tendo isso em mente, resolvi agradecer a ficwriter que me fez descobrir um fandom por meio de suas maravilhosas fics. A minha forma de agradecer é simples, mas espero que pague ao menos uma parte da felicidade de tê-la conhecido, poder ler suas fics brilhantes e por ser presenteada por ela  à cada fic que leio.

Acho que agora só falta dizer PARABÉNS DISOMERS! E bem-vinda ao seu fandom!


Para quem ainda não conhece o belíssimo trabalho da Disomers, sugiro que faça um cadastro na FeB e passeie pela lista da autora, lendo cada fic para comprovar o porquê da criação do Fandom Disomers.

Agradeço a betagem deste post à Viviane Barreda. Olha como eu sou chique! rs Sou amiga da Beta, fã número 1 da minha FW preferida e mais nova Ficwriter do fandom!  Sou uma pessoa de sorte mesmo! Quem ainda não conhece, faça cadastro na FeB e procure por Viviane Barreda. Obrigada por tudo, Vivi!!! Fanart by Lillywmw, veja aqui a original: Kiss the King

quarta-feira, 9 de março de 2011

O universo das fanfics

“Eu queria trabalhar algo como a "grande passagem" que é esse mundo de fanfictions para quem quer escrever, e ler... Queria mencionar a influência que muitas obras como Harry Potter, Crepúsculo e afins têm sobre os jovens, que os faz buscar mais daquilo mesmo quando a saga termina. Fanfictions seriam a alavanca para futuros escritores? Leitores críticos? Tradutores? Revisores de texto?”@Srta_Mily (Paula Milani)

Desde que vi esta ideia da Paula, para uma iniciação científica no curso de Letras, me coloquei a disposição para ajudar. Primeiro porque a conheci lendo uma fic dela, há alguns anos atrás, no Orkut. Segundo porque, como amo ler fics, esse assunto me interessou. Portanto, resolvi fazer este post para falar um pouco sobre esse vasto mundo das fanfics e tudo o que ele proporciona para nós, leitores.

Não sei dizer ao certo há quanto tempo leio fics, imagino que algo em torno de quatro anos.  Sendo assim, já li inúmeras fics, de variados autores. A única ressalva, é que todas as fics que conheço são do universo de Harry Potter. Portanto, todos os exemplos que utilizarei são relacionados a essa série.

Sei o quanto as ficwriters se dedicam a esse trabalho, sem receber nada em troca a não ser alguns incentivos e comentários. Estes últimos, cada vez mais escassos ou vazios. O que é uma pena, porque o esforço das escritoras de fanfics merece ser recompensado.

Sem nenhuma dúvida, as fics são um ótimo exercício para quem almeja uma carreira literária. Elas podem se tornar ferramentas poderosas para experimentação de tipos de escrita e abordagem. Com isso, após o retorno dos leitores, a ficwriter poderá perceber como o seu futuro trabalho será recebido pelo público.
Como as fics brasileiras são relativamente novas, é válido que algumas delas sejam traduções de fics internacionais. O que é uma ótima indicação pra quem planeja trabalhar como tradutor.

Quando a ficwriter começa a levar seu trabalho a sério, costuma procurar uma ajudante, chamada beta, para corrigir seu texto e dar sugestões de alteração. Aí vemos um bom exercício para quem pretende trabalhar como revisor de texto.

Algumas vezes, o público alcançado pela fic atinge pessoas com grau de instrução apurado, aparecem então os leitores críticos que podem se tornar formadores de opinião, o que acarreta mudanças no estilo da escrita, do enredo ou, simplesmente, confirma que a ficwriter está no caminho certo.

As fics são a realização de algum desejo que não foi satisfeito durante a leitura do livro. Por exemplo, os fãs de Ron e Hermione (como eu) não se contentaram com um simples beijo no último livro da série Harry Potter. Depois de anos de espera, com os sentimentos escondidos em olhares e palavras, ficou a vontade de algo mais.

É exatamente isto que procuramos quando lemos fanfics: ler as entrelinhas do livro, o que não foi possível colocar no papel ou não foi explorado. Por isso, surgem shippers variados, plots dos mais diversos assuntos e, inclusive, fics com UA (universo alternativo). 

Não faz muito tempo conheci o fandom Ron e Hermione através das Ficwriters Disomers e Viviane Barreda e, assim, me aprofundei nesse mundo das fanfics. Tanto que surgiu a ideia de um novo cargo no fandom: Degustadora de Fanfics. Eu me tornei então a Degustadora Oficial do Fandom Ron e Hermione e posto as degustações no Fórum Ron e Hermione In Aeternum. Essa função, nada mais é, do que a do crítico literário. Sempre que faço a degustação me lembro daquelas contracapas que trazem a percepção sobre o livro.

Para ilustrar melhor como as fics podem transformar uma pessoa, eu sou formada em Arquitetura e Urbanismo e nunca trabalhei com nada relacionado a textos. Hoje não consigo mais ler uma fic sem enxergar além das palavras e perceber a essência do que está na tela. Não troco o mundo das fics por quase nada, a não ser por um bom livro ou um bom filme.

As fics podem ensinar muito à medida que fazem os jovens se interessarem por ler, escrever, criticar e se aproximarem de pessoas que pensam e vivem como ele. Com isso posso dizer por experiência própria que as fics modificam os jovens, influenciam positivamente no conhecimento e na formação do sendo crítico sobre literatura e comportamento.

Prova disso é que a Paula é uma ficwriter e jovem escritora que resolveu trabalhar esse assunto na Faculdade. Não existe exemplo melhor para mostrar o quanto esse universo pode ser um berço para novos talentos que irão melhorar o futuro da educação e do conhecimento.

Só me resta pedir aos que leram este post que reflitam sobre o assunto e, se possível, comentem. Para ajudar não só a Paula, mas também a todos que venham a conhecer esse universo das fics e queiram se aprofundar no assunto.

Links de posts sobre o assunto no blog Fanfic Ron & Hermione:




Agradecimentos a Disomers e Viviane Barreda que são a razão da minha permanência no fandom e o grande incentivo para que os meus humildes textos possam ser publicados na internet. Sem elas eu não teria dado continuidade ao meu twitter, a este blog e nem faria parte do fandom. Todo o meu carinho e os meus mais sinceros agradecimentos a quem mudou a minha vida para melhor e, por isso, serei sempre grata. Muito obrigada!